- Área: 170 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Marcelo Donadussi
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Fabricantes: Mineração Pratense, Pavisul, Portinari, Porto Seco, Suvinil
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto consiste na reforma de uma residência degradada para a implantação do escritório da BIOAREA, empresa especializada em licenciamento e consultoria ambiental. O objetivo era viabilizar uma obra de orçamento reduzido com soluções sustentáveis que seguissem o conceito da empresa.
Desativada, a casa encontrava-se em situação de abandono, com diversas patologias construtivas, problemas de infiltração, instalações prediais inoperantes, sem condições de habitabilidade. Existia a dúivida da equipe sobre o que poderia ser mantido. Dessa forma, o projeto teve início a partir de uma avaliação da estrutura existente e do nível de intervenção a ser executado.
A estrutura principal e as alvenarias externas foram mantidas. O contrapiso, acabamentos internos e telhado tiveram de ser refeitos. Optou-se por manter a utilização de telhas de barro aparentes buscando uma conexão com a linguagem arquitetônica do bairro, predominantemente residencial.
A fim de organizar o layout dos espaços de trabalho algumas paredes internas foram demolidas e outras executadas em drywall, criando espaços integrados. Visto que as instalações elétricas e hidráulicas estavam sem condições de reaproveitamento, novas foram executadas de forma aparente, sem a necessidade de perfurar paredes.
Na fachada principal buscou-se, através do uso de painéis de madeira grápia, estabelecer uma imagem conectada com a atividade da empresa. As demais fachadas, após retirado seu reboco externo, ficaram com os tijolos da construção original aparentes. As esquadrias de ferro existentes foram reutilizadas após restauração e novas aberturas foram criadas, seguindo a mesma linguagem das demais, promovendo ampla iluminação natural nos ambientes de trabalho.
Os móveis de madeira das áreas de recepção e sala de reuniões foram executados a partir de dormentes recuperados, que encontravam-se no local a mais de dez anos e seriam descartadas em função do seu estado de armazenamento.
O antigo recuo de jardim foi revestido com piso permeável de blocos de concreto, constituindo espaço para estacionamento de visitantes. No piso do pátio interno foram utilizados retalhos de basalto.
A expertise do cliente, composto por uma equipe de biólogos e engenheiros ambientais, contribuiu para a definição das espécies vegetais introduzidas no paisagismo. As árvores existentes foram mantidas. No quintal, a antiga piscina foi aterrada e transformada em uma horta orgânica cultivada pelos funcionários da empresa.
O conjunto de decisões tomadas pela equipe viabilizou um cronograma reduzido desde o início do projeto até a ocupação da área pela empresa.